Saúde reforça a necessidade de manter medidas preventivas à covid-19

Com o aumento no número de casos de covid-19 em Aracaju, a Saúde  Municipal tem reforçado o alerta sobre a necessidade de manter as medidas de biossegurança, de maneira a frear a curva de contágio e assim evitar o colapso da rede hospitalar na capital. Após um ano de pandemia, o país tem atingido, nas últimas semanas, recordes diários no número de óbitos, o que aponta que o momento mais difícil da pandemia está ocorrendo agora. 

Nesta circunstância é ainda mais importante que cada um cumpra o papel de cuidar de si mesmo, estar vigilante para os sinais de síndrome gripal, e seguir um rígido isolamento social, como orienta a infectologista da Secretaria da Saúde de Aracaju, Fabrízia Tavares. 

“É preciso que as pessoas se sensibilizem, ponham a mão na consciência e tentem mudar seus comportamentos sanitários. As variantes estão aí e vão permanecer por um longo tempo na nossa realidade. Existe o risco de que outras ainda surjam, por isso os cuidados devem ser contínuos, não momentâneos", destaca a especialista.

Segundo Fabrízia, o momento não permite o afrouxamento das medidas de biossegurança, as quais devem ser mantidas até que se vislumbre uma estabilização e uma diminuição do número de casos de forma sustentada.

"A responsabilidade é nossa, não apenas do gestor. Tomar para si essa batalha é o que vai garantir que chegaremos ao resultado que tanto queremos”, explica a infectologista da SMS. 

O que tem sido visto, por todo o país, infelizmente, são cidades e estados entrando em colapso, com suas redes de saúde incapazes de atender ao alto número de infectados. O crescimento exponencial do número de novos casos está relacionado à desobediência da população, sobretudo nas datas festivas, às regras de distanciamento. 

“A gente percebeu, principalmente no período de carnaval, o descumprimento de todas as recomendações amplamente divulgadas em relação à necessidade de manter o distanciamento, evitar aglomerações, utilizar máscara de forma correta, higienizar as mãos com maior frequência, seja com álcool em gel ou água e sabão.  Nós estamos vendo o reflexo desse descumprimento, da desobediência às recomendações científicas de precaução”, ressalta Fabrízia.

Tem tido um efeito particularmente desafiador a circulação da variante do coronavírus originada em Manaus (AM), uma vez que esta cepa possui uma capacidade de infectividade maior.  “Isso é uma questão de adaptabilidade do vírus, ou seja, um mecanismo de defesa do vírus para sobreviver aos mecanismos de imunidade produzidos pelos seres humanos. Então, quanto maior a quantidade de pessoas, de uma só vez, adoecidos, que requeiram cuidados em uma unidade de média ou alta complexidade, a chance de maior letalidade, pela dificuldade de oferta de leitos para melhor assistência desses pacientes, aumenta”, aponta a infectologista. 

Com um processo de vacinação ainda no início, a adoção de medidas preventivas deve ocorrer de forma ainda mais rigorosa. Até que 70% da população seja vacinada, as medidas não podem ser relaxadas, e para controlar a pandemia é preciso modificar o comportamento. 

A ideia é, novamente, buscar o achatamento da curva de transmissão, para evitar o colapso do sistema de saúde. Agora, mais do que nunca, é preciso estar atento a qualquer indício de contaminação, para que o isolamento apropriado seja feito, na busca por quebrar a cadeia de transmissão. 

“Espirro, tosse, dor de garganta, uma dor de cabeça persistente, congestão nasal, outros sintomas respiratórios, ou mesmo atípicos, como náusea, diarreia, enjoo, diminuição do paladar ou olfato, fraqueza no corpo, febre, devem ser considerados como sintomas suspeitos, então a pessoa precisa estar consciente que não pode estar em convívio com outras pessoas, mas ser testada. É preciso realizar o automonitoramento, sermos mais rigorosos”, orienta Fabrízia. 

É fundamental também o uso correto da máscara de proteção, que, caso seja de tecido, precisa ser desinfetada diariamente. Da mesma forma, as mãos precisam ser higienizadas com frequência, e as aglomerações evitadas ao máximo. 

Fonte: F5News