São Paulo se protege de assédio a garotos com contratos longos e multas que somam R$ 1,5 bilhão

São Paulo se protege de assédio a garotos com contratos longos e multas que somam R$ 1,5 bilhão
Jovens jogadores do São Paulo conversam com Fernando Diniz em treino — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

A arrancada que tirou o São Paulo do ciclo de turbulências em 2020 e colocou na liderança do Campeonato Brasileiro conta com participação decisiva de um grupo de jogadores que se formaram no CT de Cotia e que se tornaram titulares da equipe de Fernando Diniz.

Brenner, Gabriel Sara, Igor Gomes e Luan, além de Diego Costa, que foi titular na maior parte do torneio, mas agora é reserva, viraram personagens importantes da campanha tricolor e ganharam espaço na vitrine do futebol.

O clube, porém, sente-se protegido do assédio de eventuais interessados em contratar os jovens atletas.

Para isso, conta com contratos ainda longe de terminar e multas rescisórias capazes de assustar até mesmo os mais abastados rivais do exterior.

O valor das cláusulas de rescisão é padronizado para os jogadores da base que sobem ao profissional com o carimbo de muito promissores: 50 milhões de euros, o equivalente, hoje, a R$ 311 milhões. As multas dos cinco, somadas, batem R$ 1,5 bilhão.

É bem verdade que, normalmente, os jogadores são negociados por valores abaixo da multa contratual, mas as cifras afastam a possibilidade de uma saída que não envolva uma negociação com o São Paulo.

Entre os cinco jogadores, Brenner (20 anos), o artilheiro do time na temporada com 18 gols, é o que tem o contrato mais curto: até 12 de setembro de 2022. Já há conversas para uma extensão, mas a diretoria não se apressa e deve deixar a conclusão do negócio para a próxima gestão, que assume em janeiro.

Diego Costa (21) e Luan (21) têm contrato até o final de 2022, enquanto Igor Gomes (21) e Gabriel Sara (21) possuem vínculo até março e abril de 2023, respectivamente.

Outro dado que dá força ao clube em eventuais negociações é que o São Paulo mantém 100% dos direitos econômicos desses atletas, com exceção de Diego Costa (80%), segundo o balanço financeiro mais recente, o de 2019. Isso inibe a pressão de agentes e intermediários.

Em crise financeira e com cerca de R$ 560 milhões em dívidas, o São Paulo entende que tem boas opções para fazer caixa com esses atletas e que está em condições mais favoráveis de negociar com possíveis interessados, sem ter que aceitar a primeira oferta.

Brenner, Luan, Igor Gomes e Gabriel Sara devem começar a partida de domingo, contra o Sport, no Morumbi, às 16h, entre os titulares, na primeira defesa que a equipe fará da liderança do Brasileiro.

Fonte: Globoesporte.com