Lojistas fazem ato contra decisão que voltou a fechar o comércio

Lojistas fazem ato contra decisão que voltou a fechar o comércio
Empresários citam prejuízos acumulados durante parada forçada pela pandemia da Covid-19 (Foto: Acese)

Lojistas do centro comercial de Aracaju se uniram em um ato na praça General Valadão, na manhã desta segunda-feira, 13, em protesto a decisão da Justiça Federal que voltou a fechar o comércio e suspender o plano de retomada econômica em Sergipe. Pelo menos 60 lojistas estiveram reunidos com cartazes simbolizando a entrega das chaves das suas lojas ao Poder Judiciário.

“É um pedido de socorro, essa é nossa situação. Vamos chegar a 120 dias com as atividades paradas. Não tem empresa que sustente um prazo desse sem faturamento. Como manter as obrigações em dias? Nossa situação está nas mãos do Poder Público e do Judiciário. Estamos entregando a eles as chaves das nossas lojas”, explicou o empresário Maurício Vasconcelos.

O comércio considerado não-essencial de Aracaju estava fechado desde o mês março, quando Sergipe a capital registrou os primeiros casos da Covid-19. No dia 9 de julho, alguns setores do comércio começaram a ser liberados para funcionamento, atendendo um plano de retomada comercial apresentado pelo Governo do Estado. O retorno, no entanto, foi interrompido na semana passada, após decisão liminar da Justiça Federal.

Como parte do protesto, alguns lojistas colocaram em frente às fachadas das suas lojas cartazes indicando o período de inatividade do estabelecimento e quantos empregos estão em risco. Para o empresário Paulo Escariz, a situação já é insustentável. “Nós estamos há 4 meses parados, sem nenhuma perspectiva, principalmente nos shopping. Temos 800 lojas nos cinco shopping do estado, onde 200 já estão fechadas definitivamente, ou seja, 1.500 empregos perdidos e que não serão recuperados”, lamenta o empresário.

A decisão da Justiça Federal atendeu a um pedido dos Ministérios Públicos Federal e de Sergipe. O Governo do Estado afirmou que já está recorrendo na Justiça para tentar reverter os efeitos da decisão e retomar o plano de retomada comercial.

Fonte: Ícaro Novaes, Infonet/Com informações da Acese