Inter registra déficit de quase R$ 100 milhões nos primeiros sete meses de 2020
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O Inter ainda assimila os impactos da paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus em sua já debilitada saúde financeira. O clube registrou um déficit de quase R$ 100 milhões nos primeiros sete meses de 2020.
Conforme documento publicado no Portal de Transparência em seu site oficial, o Inter teve um prejuízo de R$ 96.469.599 até 31 de julho. Este número era de R$ 51 milhões até abril.
A tendência é de que o déficit diminua até o final do ano, com receitas que entraram nos cofres do clube e ainda não fora contabilizadas. É o caso, por exemplo, da venda de Bruno Fuchs ao CSKA Moscou, da Rússia.
O negócio foi fechado por um valor total de 8 milhões de euros (cerca de R$ 50 milhões pela cotação atual), além de mais 1,5 milhão de euros em variáveis. O Inter tinha 70% dos direitos do atleta. E manterá 20% para receber em uma negociação futura.
Até o final do ano, cerca de R$ 30 milhões devem ser injetados nos cofres do clube, frutos do acordo com a Turner, para pagamento de direitos de transmissão no Campeonato Brasileiro.
O demonstrativo contábil aponta que o clube teve um total de R$ 104.559.278 de receita líquida nos primeiros sete meses do ano. Os custos operacionais foram de R$ 145.145.754. O gasto foi mais de R$ 40 milhões superior ao valor que entrou nos cofres do clube.
O documento aponta ainda outras despesas e receitas. As despesas comercias, gerais e administrativas, totalizaram R$ 41.712.144, mas o clube teve um acréscimo de R$ 11.393.234 por atividades descontinuadas. Ao todo, o déficit operacional é de R$ 70.905.387.
Há ainda despesas financeiras na ordem de R$ 38.898.829. Assim como receitas financeiras, que totalizaram R$ 13.334.617.
O Inter tomou uma série de medidas para cortar gastos durante a pandemia do coronavírus. A diretoria, por exemplo, desligou 44 funcionários do clube e repactuou dívidas com credores e pagamentos a fornecedores.
O futebol também passou por cortes. A primeira medida foi a extinção do time B. O clube também entrou em dois acordos com o elenco. Primeiro para postergar o pagamento de três meses de direitos de imagem para 2020. Depois, para reduzir em 25% os salários durante a pandemia.
Fonte: Eduardo Deconto/Globoesporte.com