Governo define estratégia de não votar MP do auxílio emergencial para evitar desgaste sobre valores

Governo define estratégia de não votar MP do auxílio emergencial para evitar desgaste sobre valores
( Imagem ilustrativa )

Líderes governistas no Congresso Nacional já admitem a ideia de não votar a medida provisória, a ser enviada pelo governo Jair Bolsonaro, com a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro.

A ideia é evitar embate com a oposição e eventual desgaste com a discussão do valor do auxílio – o anúncio foi de R$ 300 para as parcelas de setembro a dezembro, metade dos R$ 600 pagos até agosto.

Como a MP entra em vigor assim que for enviada ao Congresso, e vale por 120 dias, a ideia desses líderes é deixar o texto caducar. Com isso, a medida provisória perderia validade após o pagamento da última parcela, sem precisar entrar em votação e sem prejudicar a concessão do benefício.

“Já está valendo. Não tem essa pressa. Debate vai ficar fora de foco”, disse um líder.

O governo teme uma eventual emenda apresentada pela oposição pedindo o retorno dos R$ 600. A modificação poderia ter apelo entre parlamentares do Norte e do Nordeste e, com isso, causar dificuldades em plenário.

O governo continua intensificando a estratégia de aproximação com o Congresso. Depois de tomar um café da manhã com líderes partidários para anunciar o novo valor do auxílio na terça (1º), nesta quarta (2), o presidente se reuniu com a bancada dos Republicanos no Palácio da Alvorada.

Nesses encontros, o Planalto busca apoio para a pauta de reformas da área econômica e, ao mesmo tempo, tenta consolidar uma nova base governista.

Fonte: Nilson Klava, GloboNews