Fernanda Lima fala sobre perda do pai para a Covid-19: "Andava no meio do mato sozinha e gritava"

Fernanda Lima fala sobre perda do pai para a Covid-19:
Fernanda Lima e o pai, Cleomar Lima (Foto: Reprodução/Instagram)

Fernanda Lima abriu o coração ao falar sobre a morte do pai, Cleomar Lima, vítima da Covid-19. A perda do pai foi anunciada pela apresentadora, que é casada com Rodrigo Hilbert, nas redes sociais em julho. Em conversa com Astrid Fontenelle, ela falou sobre o momento difícil enfrentado pela família.

"No dia 18 de março, quando começou a história de se recolher, a gente pegou o carro de São Paulo e foi para o Rio. Ficamos lá quatro meses direto sem sair, somente nós. Óbvio que minha relação com a família já é muito grudada. Estamos sempre juntos. Mas a minha relação com a natureza, de uma maneira geral, foi muito, muito intensa. Todo mundo sabe que perdi meu pai. Foi um processo bastante doloroso", começou Fernanda.

"Durante esses quatro meses, durante toda essa tortura que a gente passou, andava todo dia no meio do mato sozinha e gritava, de verdade. Eu berrava. Para todos os recursos que eu pudesse ter. E também para ele. E eu chorava, mas eu chorava um choro primitivo. Aquele choro que você só consegue chorar sozinha. Óbvio que o Rodrigo me deu muito colo. Minha família foi muito importante. Mas você chora e uma hora tu para. Porque tipo: 'Ah, não vou ficar aqui chorando na frente de todo mundo'. Dava uma vergonha chorar. Foi muito importante para mim essa coisa de estar perto da natureza, porque na natureza eu me libertei, libertei minha dor, libertei meu grito visceral", explicou a apresentadora.

Fernanda é mãe dos gêmeos João e Francisco, de 12 anos de idade, e de Maria, de 1. Ela afirmou que a relação com a pequena foi um de seus pilares em 2020. "Maria foi um presente para mim. É a minha menina, minha companheira. Eu engravidei, sei lá, com 41 anos. Foi uma gravidez um pouco mais tarde. Eu estou para ela o tempo todo. E tem sido gratificante estar com ela, tê-la. Ela não me deixa dormir. Passamos a noite inteira acordadas. Ela mama três vezes à noite. E eu acordo assim, com este sorriso. Ela acorda, digamos, à 1h, às 4h e às 7h. Então, a cada acordada, dou a mamada e fico ali olhando para ela. É lindo. É fogo também porque fico cansada. Mas tem sido muito legal e importante para mim. Ela está me preenchendo de amor. Não só a mim, mas a todo mundo aqui em casa."

Fonte: Quem News/Globo.com