Famílias da Ocupação das Mangabeiras começam a ser levadas para residências alugadas

Famílias da Ocupação das Mangabeiras começam a ser levadas para residências alugadas
Moradias impróprias serão demolidas — Foto: PMA/Aracaju/Divulgação

A partir desta segunda-feira (20), 838 famílias da Ocupação das Mangabeiras, no Bairro 17 de Março, em Aracaju, começam a ser transferidas do local para residências alugadas por dois anos através do auxílio-moradia pago pela prefeitura da capital.

Na ocupação serão construídas 1.102 unidades habitacionais que formarão o Complexo Habitacional Irmã Dulce dos Pobres.

De acordo com a diretora da Gestão Social da Habitação da Assistência Social, Rosária Rabelo, famílias passaram a residir na ocupação após o cadastramento. “Nós monitoramos a área desde a etapa do cadastro das famílias. Percebemos que mais de 200 barracos foram instalados na área após essa etapa. Infelizmente, neste projeto elas não podem ser inseridas. A relação dos contemplados já foi enviada para o governo federal, para Caixa Econômica Federal também, ou seja, não há como alterar nenhum nome. São 1.102 unidades habitacionais, sendo 836 destinadas às famílias da ocupação e 266 para as pessoas mais antigas do aluguel social”.

A secretária ainda disse que todas as famílias que não têm nenhuma alternativa de moradia serão assistidas. “Durante o plantão social, ação que aconteceu entre os dias 30 de junho e 10 de julho para regularizar o aluguel social das famílias, fizemos um cadastro de todas as famílias que não serão beneficiárias deste projeto. Através do cadastro, percebemos que muitas famílias não são de Aracaju, outras vêm de beneficiários de outros programas de habitação e, inclusive, algumas têm residências em outros bairros. Vamos disponibilizar a transferência dessas famílias para as suas residências também. Porém, elas não se enquadram no perfil das famílias que devem ser assistidas pela Prefeitura. Aquelas que não tem nenhuma possibilidade de moradia foram inseridas em um cadastro reserva para serem incluídas em programas futuros e serão assistidas pela gestão. Não ficarão sem apoio”, garantiu.

Participam da ação profissionais das secretarias municipais da Assistência Social; Defesa Social e Cidadania, através da Guarda Municipal de Aracaju; e das empresas municipais de Obras e Urbanização (Emurb) e de Serviços Urbanos (Emsurb).

Após a realocação das famílias, as moradias impróprias serão demolidas. Depois, será feita a limpeza do terreno e os serviços de estruturação do local, como drenagem, esgotamento sanitário e a construção das novas residências.

O programa

A construção das casas será feita através do programa Pró-Moradia do Governo Federal. Os recursos são oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O financiamento é de R$ 116.767.847 milhões, contratado junto à Caixa Econômica Federal, com contrapartida do município de R$ 7.934.000, destinada ao pagamento do Aluguel Social.

Fonte: G1 SE