Douglas Luiz se fecha por objetivos e afirmação na Seleção: "Safra de volantes absurda"

Douglas Luiz se fecha por objetivos e afirmação na Seleção:
Douglas Luiz, volante do Aston Villa e da seleção, em entrevista coletiva — Foto: Lucas Figueiredo /CBF

Se chegar é difícil, manter-se na seleção brasileira é mais ainda. Ciente desse desafio e da forte concorrência que enfrenta em sua posição, o volante Douglas Luiz admitiu estar mais "fechado", evitando os holofotes, para se concentrar no trabalho e alcançar os objetivos.

Brigando por posição na equipe titular neste início de Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, o jogador do Aston Villa concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira e comentou:

– Estou um pouco mais fechado, sim, e foco muito no meu trabalho, nos meus objetivos. É um momento que tenho que estar focado no futebol, dar o meu melhor, pois é uma safra de volantes absurda, há muita gente boa, disputa sadia. Tenho que estar bastante focado para dar o meu melhor – comentou Douglas Luiz:

– Nossa geração de meio-campista/volante é muito boa, tem vários representando na Europa, como outros aqui no Brasil. O que tenho que fazer é o meu trabalho, poder dar o meu melhor, me esforçar. Na verdade não tenho que estar aqui falando que o Tite tem que me convocar, e sim fazer o meu trabalho.

Douglas Luiz enfrenta a concorrência de Bruno Guimarães, do Lyon. Além deles, Tite convocou Fabinho e Casemiro, que exercem função um pouco mais defensiva.

O Brasil estreia nas Eliminatórias nesta sexta-feira, contra a Bolívia, às 21h30, na Neo Química Arena, em São Paulo. Depois, na terça-feira, a Seleção encara o Peru, em Lima, às 21h.

Douglas Luiz tem apenas 22 anos. Formado no Vasco, ele está na Europa há três temporadas e disse ter evoluído neste período.

– Foi uma grande mudança tática, de força física, um pouco de tudo. O trabalho que a CBF faz também é muito bom, de poder vir da base e representar no time principal. Você jogando lá fora é algo muito bom pelo trabalho que eles fazem, de força, e espero colocar o trabalho que faço no clube na Seleção.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Douglas Luiz:

Eliminatórias

– É um campeonato muito difícil. Vamos ter esse tipo de dificuldade (pelo pouco tempo de preparação), até pelos treinamentos que a gente vem fazendo, mas o professor Tite está ciente disso tudo, estamos todos preparados para as sessões de treinamentos e jogos que vamos enfrentar. A gente está à disposição do professor, vai trabalhar forte para poder dar continuidade no trabalho do Tite e poder sair com a vitória.

Dificuldade na ida à Europa

– Foi uma dificuldade que eu tive assim que saí do Vasco. Fui contratado pelo City, mas já tinha ciência que seria emprestado para o Girona. Foi um bom momento, mas de dificuldade, que o jogador tem que aprender quando vai para a Europa, aquela coisa que não é o mesmo futebol, mas exigente. Logo depois fui para o Aston Villa, onde fiz um ano excelente, pude mostrar quem realmente sou. No Girona tinham dúvidas de quem eu era. E hoje estar aqui nessa lista do Tite é uma grande honra, estar iniciando uma trajetória para a Copa. É algo muito significante de muito trabalho e espero manter.

Convocação

– É uma felicidade muito grande, nós jogadores que representamos nosso país não temos palavras para descrever. Muita alegria minha e da minha família. Saí do Vasco muito jovem, mas é bom frisar que desde aquela época o Tite já vinha me acompanhando, comentava nas entrevistas ter ido a São Januário num jogo contra o Athletico que pude me destacar. É sempre algo muito importante para mim estar vestindo a camisa da Seleção. Espero fazer um trabalho maravilhoso e continuar vindo aqui.

Isolamento na Seleção

– Sobre a bolha, é um pouco complicado pra gente que está acostumado a jogar com torcida, estar com as nossas famílias no Brasil. Mas temos que privar um pouco a saúde de cada um, priorizar a saúde e ficar em alerta.

Aprendizado na Europa

– Explicando um pouco sobre minha evolução, cheguei ao Aston Villa dois dias antes de começar a Premier League. Atrapalhou um pouco pela convivência com os jogadores. Depois da pausa tive tempo de fazer os treinamentos, me colocar bem fisicamente. Foi a real mudança, poder ter conhecido cada vez mais os jogadores.

Volta à Europa?

– Sobre o Manchester City, venho fazendo meu trabalho no Aston Villa, realmente não tenho conversas com o City ou o Guardiola. Mas é um trabalho que foi junto, tive ajuda do City com o Aston Villa para poder jogar a Premier League. É algo muito bom para poder jogar lá sem nenhum tipo de dificuldade.

Fonte: Bruno Cassucci e Raphael Zarko/Globoesporte.com