Delegada denuncia comandante da PM por importunação sexual: faz marca de biquíni e fica escondendo

Delegada denuncia comandante da PM por importunação sexual: faz marca de biquíni e fica escondendo
Por não ter uma cela especial em Paranaíba, o foi transferido para Campo Grande, onde passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (24). — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Uma delegada da Polícia Civil denunciou o comandante da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), em Paranaíba (MS), por importunação sexual em um restaurante. O suspeito chegou a ser preso e passou por audiência de custódia no domingo (23). A Justiça decidiu que o policial militar responderá pelo crime em liberdade.

O caso de importunação ocorreu no sábado (22). Em Boletim de Ocorrência, a delegada relatou que aguardava o marido – também delegado – pagar a conta no estabelecimento, quando o comandante da Polícia Militar que estava próximo passou a proferir comentários libidinosos contra a vítima.

“Você faz marca de biquíni e depois fica escondendo”, relatou a delegada sobre a fala do comandante da Polícia Militar.

Segundo a delegada, a frase desrespeitosa foi repetida por duas vezes, uma primeira e a outra logo depois, quando a vítima pediu para que ele repetisse o que tinha falado.

De acordo com registro policial, ao ser informado do ocorrido, o marido da vítima, que também é delegado, questionou o homem, que negou ter dito algo desrespeitoso à mulher e ainda alegou ter apenas cumprimentado a vítima.

Em dado momento, o homem acabou revelando que era comandante da PM, na cidade, onde mora há cerca de 10 meses. O marido da vítima deu ordem de prisão ao suspeito e os próprios colegas de farda foram chamados para acompanhar o comandante até a delegacia.

No local, o suspeito, que apresentava sinais de embriaguez, conforme boletim policial, passou a desacatar policiais civis. Ao delegado de plantão, o autor negou, mais uma vez, ter dito o que a vítima escutou, mas se negou a falar sobre o ocorrido.

Por não ter uma cela especial em Paranaíba, o homem foi transferido para Campo Grande.

Em nota, a Polícia Militar informou que o caso será investigado. "Em atenção à solicitação feita por Vossa Senhoria, a Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul informa que o caso será investigado mediante Inquérito Policial".

Fonte: Liniker Ribeiro, Marta de Jesus e Thais Libni, G1 MS