Débora Falabella sobre pandemia: "O desafio é me manter equilibrada"

Débora Falabella sobre pandemia:
Débora Falabella (Foto: Reprodução/Instagram)

Débora Falabella estava filmando Aruanas quando a Covid-19 estourou no Brasil e fez com que a maior parte das produções culturais fossem paralisadas para respeitar o distanciamento social. A atriz contou para Quem como foi a pausa de quase um ano e o impacto da pandemia na arte.

“Foi meio assustador em um primeiro momento. A gente não sabia quando as coisas iam começar a voltar a acontecer. Os teatros pararam, os cinemas, as produções... Os que trabalham com arte, principalmente os que estão nos bastidores, tiveram muito prejuízo. Me vejo em uma situação um pouco privilegiada porque, como atriz, sou contratada, consegui realizar alguns trabalhos online e de casa. Mas a minha preocupação com essas pessoas foi muito grande. Elas ainda estão sofrendo muito, principalmente porque estamos em um país em que não temos muito incentivo”, avalia ela, que está lançando agora o filme Depois a Louca Sou Eu. 

Além dos desafios profissionais, outra preocupação de Débora era manter o equilíbrio para que sua filha, Nina, de 11 anos, pudesse lidar melhor com a nova realidade.

“Como mãe, meu maior desafio foi tentar me manter equilibrada para trazer equilíbrio para a minha filha. Não é fácil para os filhos ficarem isolados, não irem para a escola, ficarem sem ver os amigos, estudarem através da tela... Mas ainda estou em uma situação privilegiada porque têm crianças que nem tiveram condições de estudar. As crianças e adolescentes estão sentindo muito. Isso vai ficar marcado na vida de todos, mas para eles, que estão em fase de aprendizado, vai ser algo que vão levar como bagagem. Talvez, eles tenham que correr muito atrás desse período tão desconectados socialmente. Meu maior desafio é dar esse suporte e me manter equilibrada para manter o equilíbrio da minha filha.”

APRENDIZADO

Deste momento conturbado, Débora acredita que devemos levar um aprendizado: a importância de olhar para o outro. “A gente precisa olhar mais para o outro. Esse momento fez com que a gente olhasse mais para o outro porque tinham pessoas passando por situações piores que as nossas. Isso precisa acontecer sempre. A gente vive em uma sociedade muito desigual e a gente precisa olhar para os lados e furar essa bolha, construir pontes para ajudar quem precisa”, aconselha.

Fonte: Quem News/Globo.com