Covid-19: UFS aponta queda de anticorpos e chance maior de reinfecção

Covid-19: UFS aponta queda de anticorpos e chance maior de reinfecção
Quatro municípios sergipanos estão em estado preocupante (Foto: Ascom/UFS)

A Força-tarefa Covid-19 da Universidade Federal de Sergipe (UFS) divulgou na tarde desta terça-feira, 23, através de uma coletiva de imprensa, dados sobre o resultado da testagem realizada em 10 municípios do estado de Sergipe. Os resultados apresentados mostram que o vírus ainda está circulando ativamente e que os sergipanos estão suscetíveis à contaminação.

De acordo com os dados apresentados durante a coletiva, foram aplicados mais de 5 mil testes sorológicos e RT-PCR nos municípios sergipanos de Malhador, Itaporanga d’Ajuda, Pirambu, Frei Paulo, Maruim, Pacatuba, General Maynard, Pinhão, Amparo de São Francisco e São Francisco. E nestes municípios foi identificada pela força-tarefa, uma alta taxa de circulação do coronavírus e uma presença ativa do vírus em pessoas assintomáticas.

Segundo o professor Lysandro Borges, membro da força-tarefa, além da alta taxa de circulação encontrada nestes locais, um outro fator preocupante é a baixa taxa de IgG, anticorpos de memória, que fazem com que os 5 meses de imunidade para que as pessoas que já tiveram Covid-19 não fossem “reinfectadas”, entrassem em declínio e deixassem os sergipanos mais suscetíveis para o contágio. “O vírus está circulando de forma assintomática e com a baixa taxa de IgG,  ou seja, as pessoas que já pegaram Covid-19 podem pegar novamente mais rápido, o que aumenta a taxa de contaminação”, explica.

Ainda de acordo com os dados apresentados por Lysandro Borges, os municípios que apresentaram as menores taxas de IgG foram Malhador, Itaporanga, Pirambu e Frei Paulo. “Concluímos que o vírus ainda está circulando nos pequenos municípios sergipanos e contaminando as pessoas. A situação nesses municípios é preocupante e a população está mais exposta”, alerta.

O professor destacou que os dados apresentados são preliminares e podem sofrer alterações, entretanto, não deixou de chamar atenção para as medidas de proteção, não só nos 10 municípios sergipanos analisados, mas em todo o estado. “O uso da máscara, álcool em gel e distanciamento social nunca foram tão importantes quanto agora. É importante continuar se protegendo”, salienta. 

Medidas de proteção 

Como possíveis medidas para controlar a situação da circulação do vírus nos municípios sergipanos, a força-tarefa, durante a coletiva, apresentou algumas sugestões para os órgãos responsáveis.

Algumas das sugestões apresentadas foram: ampliar e continuar as buscas ativas e testagens em massa na população; sensibilizar a população a respeito dos riscos com as novas cepas; aumentar a sensibilização ao uso da máscara cirúrgica e a de pano por cima; incentivar a não aglomeração, testar, identificar, isolar e monitorar.

O professor Lysandro também mencionou que o trabalho da força-tarefa continua sendo realizado em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) e os municípios contemplados.

Fonte: Isabella Vieira e Verlane Estácio/Infonet