Auxílio Emergencial e FGTS: problemas para usar o Caixa Tem persistem; veja relatos

Auxílio Emergencial e FGTS: problemas para usar o Caixa Tem persistem; veja relatos
Aplicativo Caixa Tem — Foto: Divulgação

Beneficiários do Auxílio Emergencial e do saque emergencial do FGTS estão relatando dificuldades para acessar os recursos por meio do aplicativo Caixa Tem. É por meio dele que os beneficiários dos programas conseguem movimentar o dinheiro para fazer compras e pagamentos, até chegar a data em que os saques são liberados.

Nas redes sociais, há relatos de pessoas que não estão conseguindo acessar o Caixa Tem, seja para usar o dinheiro do auxílio emergencial ou do FGTS, seja para acessar o saldo, e falam ainda da demora para concluir uma simples transação de compra usando o próprio app. E que a fila virtual de acesso persiste.

O G1 tentou acessar ainda o site e aplicativo do FGTS, mas ambos apresentaram dificuldades de acesso. Quando é possível acessar o app, surge uma sala de espera virtual. E quando o acesso é autorizado, o aplicativo não carrega.

Volume grande de acessos

A Caixa Econômica Federal informou ao G1 que, devido ao grande volume de acessos simultâneos nesta segunda-feira com o pagamento do Fundo de Garantia para os nascidos em abril, o aplicativo FGTS apresentou intermitência no início da manhã, mas já voltou a ficar estável. "Os recursos disponíveis aos trabalhadores com direito ao saque emergencial de até R$ 1.045 seguiram podendo ser consultados normalmente no aplicativo Caixa Tem e no site fgts.caixa.gov.br", afirmou em nota.

O banco disse ainda que já pagou pelo Caixa Tem mais de R$ 121 bilhões do Auxílio Emergencial para 65,2 milhões de pessoas.

O app Caixa Tem foi criado para os beneficiários do Auxílio Emergencial sem conta em banco poderem ter o pagamento do benefício, por meio da poupança social digital. Depois o acesso foi estendido para todos os beneficiários, mesmo aqueles com conta bancária, para que pudessem receber o Auxílio em um primeiro momento, para fazer compras e pagamentos, até o saque ser autorizado.

Os problemas relatados com o aplicativo Caixa Tem começaram ainda no mês passado, quando a Caixa Econômica Federal incluiu o pagamento do FGTS no app que dá acesso ao uso da poupança social digital.

Sem acesso

Nascida em abril, Julianni Oliveira, de 20 anos, deveria receber o dinheiro do FGTS nesta segunda-feira (20). O montante já foi retirado da sua conta do fundo, mas ela relata que não consegue utilizar o aplicativo.

Situações como a de Julianni se repetem em relatos nas redes sociais. Há casos de beneficiários nascidos em janeiro que tiveram o dinheiro do FGTS debitado da conta do fundo de garantia - mas no app aparece saldo zerado.

Outros relatos mostram que o dinheiro do FGTS saiu do fundo, mas no app Caixa Tem vem a mensagem "Verifique sua solicitação", como é o caso de Julianni Oliveira. E, depois vem a mensagem de que a pessoa não tem direito ao dinheiro.



Kyron Dias, de 31 anos, também deveria receber nesta segunda os recursos do FGTS, mas não consegue acessar o aplicativo Caixa Tem. Sem acesso ao app, ele acompanhou a movimentação por meio do aplicativo do FGTS. E por lá ele soube que a sua conta poupança foi criada para receber os recursos do fundo:


 

Trabalhadores também relatam problemas com o Auxílio Emergencial, como demora para o recurso cair na poupança social digital ou mensagem de que a conta não foi localizada no aplicativo, sendo que outras parcelas do benefício haviam sido pagas anteriormente.

Leuciene Cristiane de Oliveira Santos, de 37 anos, tenta há 19 dias acessar o Caixa Tem. Ela recebeu as duas primeiras parcelas do Auxílio Emergencial, mas não consegue utilizar os recursos da terceira parcela. Ela já fez uma reclamação na ouvidoria da Caixa e no Banco Central, mas até agora não teve o seu problema resolvido. Segundo Leuciene, o próprio aplicativo informa que ela tem de procurar uma agência da Caixa para regularizar a sua situação.

Atualização

No último dia 7, a Caixa Econômica Federal anunciou uma atualização no aplicativo Caixa TEM para corrigir falhas na ferramenta. O banco afirmou à época que havia aumentado para 72 horas o período de sessão do aplicativo nesta nova atualização, o que fez com que o usuário não precisasse entrar novamente na fila de acesso para uma nova operação.

Fonte: Luiz Gerbelli e Marta Cavallini, G1