Ativista dos direitos LGBTQIA+ vai processar Anderson, do Molejo

Ativista dos direitos LGBTQIA+ vai processar Anderson, do Molejo
Anderson Leonardo (Foto: Reprodução/Instagram)

Agripino Magalhães, ativista dos direitos LGBTQIA+ e defensor da causa animal, registrará nesta segunda (8) uma denúncia crime por LGBTQIA+fobia contra Anderson Leonardo, vocalista do Molejo. À Quem, ele contou que se sentiu ofendido com as declarações que o pagodeiro deu em uma live para o jornalista Betoh Cascardo no Instagram depois de prestar  depoimento na 33 ª DP (Realengo) e confirmar que teve relação sexual com MC Maylon em dezembro. O jovem acusou Anderson por estupro. Na ocasião, o vocalista do Molejo afirmou sobre o rapaz: "Comi? Comi. Estuprei? Não. Comi, com consenso. O veado (sic) estava colocando cada roupa colorida, aquele 'bagão' (sic) na frente, grande para c******, e com o maior bundão. Eu falei: 'Compadre, vou botar no c* dele logo para acabar com essa p**. Botei no c* dele. Pensei que estava até apaixonado pelo c* dele. Mas depois que comi o c* dele, com consentimento, normal".

"O Anderson é tão covarde que negou tudo o que teve com o Maylon no início. Ele poderia justificar o erro dele de outras formas, não com termos homofóbicos, transfóbicos, pejorativos. Desde 2019, a LGBTIA+fobia é crime inafiançável. Ele justificou os erros dele generalizando toda a população LGBTIA+, como se todos não tivessem caráter. Primeiro que ele não teria o direito de usar aqueles termos para acusar a vítima. Nós vamos, sim, abrir denúncia crime por LGBTIA+fobia no Ministério Público de São Paulo e enviaremos para o Rio, que é onde ele mora. Ele foi homofóbico, transfóbico, nos caluniou. Ele não ofendeu apenas o Maylon, mas a todos da população LGBTQIA+", contou Agripino.

Vale destacar que a homofobia e a transfobia passaram, a partir do dia 13 de junho de 2019,  a se enquadrar no Art. 20 da Lei N° 7.716/1989, que criminaliza o racismo. Ainda foi alterado o Art.121 do Código Penal incluindo o homicídio motivado por homofobia no rol dos motivos torpes, ou seja, o preconceito e a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero são crimes. A pena prevista é de um a três anos de reclusão, podendo chegar a cinco anos em casos mais graves. Com a decisão, o Brasil se tornou o 43° país a criminalizar a homofobia e a transfobia.

Fonte: Quem News/Globo.com